Patrona da BEMS
Maria
Madalena Pereira Othão,
que viria a usar o nome artístico de Madalena Sotto e a adotar Oliveira
de Azeméis como sua, nasceu em Carvalhais de Lavos, na Figueira da
Foz, a 21 de Julho de 1917, filha de Othão Luís e Aida Augusta
Pereira, primeiros professores da Escola O Comércio do Porto, hoje Escola
Secundária Soares Basto, em Oliveira de Azeméis.
Numa
época em que só os grandes centros tinham escolas técnicas, esta família soube
cativar as forças vivas da comunidade Oliveirense, no sentido de garantir a
sobrevivência de um equipamento que se transformou na força geradora da
indústria que hoje existe no nosso concelho e nos concelhos limítrofes. Através
de exposições de trabalhos executados na escola, no Salão Nobre, e de
aplaudidas e sempre esgotadas récitas (em favor de diversas causas e instituições),
que levaram à cena em diferentes localidades do Distrito, transformaram a
escola no centro cultural da região. Dona Aida, uma mulher muito dinâmica e
empreendedora, soube tirar o máximo partido do talento da sua filha em proveito
da escola. Madalena foi primeiro aluna distinta de tapeçaria, depois leccionou
essa arte como Auxiliar de Oficina. Esta disciplina viria a projectar a fama da
escola até aos gabinetes do Ministério, onde ainda hoje se encontram “os nossos
tapetes”. Aqui na escola, Madalena forjou o seu tenaz carácter e aprendeu e
desenvolveu a arte de palco que lhe permitiu alcançar o sucesso no mundo
artístico, levando o nome de Oliveira de Azeméis até à capital e a Portugal
inteiro.
Em
1939, Madalena, já com o nome artístico de Madalena Sotto, instalou-se em
Lisboa onde iniciou a sua tão aclamada carreira. Ainda nesse ano participou no
filme “O Feitiço do Império”. Depois seguem-se os filmes, “A Varanda dos
Rouxinóis”, de Leitão de Barros (1939), “A Vizinha do Lado” (1945) (tendo-lhe sido
atribuído o Prémio SNI de melhor interpretação feminina do ano), “Os Três
Espelhos” (1945), “Vidas Sem Rumo” (1956) e “O Sinal Vermelho” (1972). Fez
parte de diversas Companhias de Teatro, entre as quais a de Alves da Cunha e do
Teatro Nacional de D. Maria II. Fez digressões pelas Ilhas e pelas antigas
colónias, ao lado dos maiores nomes portugueses do teatro e do cinema do seu
tempo.
Como
a Biblioteca Escolar / Centro de Recursos se assume também como Mediateca, faz
todo o sentido ter como Patrona alguém que, para além de estar ligada à
formação da nossa escola, também se encontra ligada ao mundo do espetáculo.
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